Recentemente, tive a oportunidade de assistir ao documentário “A noite que mudou o pop”, disponível na Netflix, que revisita os bastidores da icônica gravação de “We Are the World”, em 1985. A experiência me deixou profundamente reflexiva e gostaria de compartilhar como essa visão se conecta à prática de uma liderança humanizada.
Nossa jornada no desenvolvimento humano nos ensina diariamente sobre a complexidade das relações interpessoais, especialmente em contextos onde o brilhantismo individual muitas vezes caminha lado a lado com egos inflados. O desafio de harmonizar personalidades como Michael Jackson, Tina Turner, Diana Ross, Cyndi Lauper, Bob Dylan, Ray Charles, entre outras lendas, ilustra uma verdade fundamental: a liderança transcende a simples gestão de talentos, adentrando o território da construção de pontes emocionais e de propósito.
Algumas reflexões se destacaram para mim, ecoando os valores que defendemos:
- Comunicação clara e honesta: a mensagem “Deixe o seu ego do lado de fora”, afixada na entrada do estúdio, serve como um lembrete poderoso da necessidade de diálogos autênticos e desprovidos de pretensões. Em nossas práticas, quão frequentemente promovemos esses espaços seguros para a expressão genuína, reconhecendo a vulnerabilidade como uma força?
- Engajamento através de propósitos comuns: a capacidade de unir indivíduos em torno de uma causa maior que suas próprias ambições individuais é a essência para uma liderança transformacional. O relato das vivências na África, compartilhado no início das gravações, ressalta a importância de alinhar objetivos pessoais a missões coletivas, visando um impacto social profundo.
- Valorização da diversidade e influência positiva: A interação entre as estrelas, apesar do desconforto inicial, sublinha a riqueza da diversidade e como diferentes perspectivas podem enriquecer coletivamente um projeto. Nos momentos em que a presença física da liderança não é possível, são essas vozes diversas que mantêm a chama do propósito acesa, influenciando positivamente o grupo.
- Construção de relacionamentos e legado: a reflexão de Lionel Richie sobre as palavras de seu pai – “A casa vai estar lá, mas as pessoas não” – nos lembra da transitoriedade da vida e da permanência das relações que construímos. Que histórias queremos que contem sobre nós? Como estamos investindo em nossas relações, dentro e fora do ambiente profissional, para deixar um legado de humanidade e propósito?
Este documentário, além de ser um registro histórico de um momento transformador na música, serve como um espelho para as práticas de liderança que aspiramos cultivar. Independentemente de nossos cargos ou títulos, todos temos a capacidade de exercer uma influência humanizada, promovendo uma sociedade mais empática e consciente do legado que deseja construir.
Convido todos a refletirem sobre estas lições, não apenas como observadores, mas como participantes ativos na construção de um futuro mais humano e inclusivo. E você, o que levou consigo após assistir ao documentário? Como essas reflexões ressoam em sua jornada?